sexta-feira, 23 de abril de 2010

Deleite mortal

( Raquel Pereira)

Os raios de sol penetram as janelas esta manhã, raios fortes invadem o quarto.
Algumas folhas secas rolam pelo chão, levadas por um calmo/sereno vento. O céu azul, nuvens de algodão, no céu, mágicos desenhos se formam.
No jardim há árvores enormes, fortes, acompanhadas de extasiantes flores. Lindas flores, que encantam o dia.
Em meio a esta bela paisagem, um leito de morte, um corpo entregue a cama, entregue a um outro amanhecer.
Flores e mais flores, face delicada, olhos entregues ao descanso de uma eternidade que enfim se inicia,
Pássaros cantam, regem fúnebre o dia.
O vento por sua vez continua a soprar e a soprar folhas e mais folhas,
E o corpo enfim a descansar no deleite mortal.


Obs: Caros leitores usarei uma frase de Machado: "não esteja daí a torcer-me o nariz"
Só por eu ter postado um texto falando de morte, afinal bobagem é não falar dela fim de todo corpo mortal.

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