terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quando vejo a sala vazia



(Raquel Pereira)

Quando vejo a sala vazia,
sinto o frio do inverno, os ossos doem,
os olhos se apertam, o peito se comprime.
Lá fora cai uma chuvinha serena, há buzinas ao fundo, cachorros latindo,
um barulho de folhas batendo com o vento.
Na cidade muitos dormem, fim de noite é assim, nada de interessante na TV,
o controle se torna parceiro, um botão e pronto silêncio absoluto.
Pego entre as mãos um livro, leio até as palavras terem sentido, até calar no fundo da alma.
Leitura boa é assim só se faz quando a sala está vazia.

Um comentário:

Michele disse...

Nossa é muito bom... adorei seus poemas parabéns.