(Raquel Pereira)
Quando penso a falta de água em São Paulo, logo vem a minha
cabeça a tão contada fábula dos tempos de escola, La Fontaine me vem à memória.
É engraçado o quanto a literatura pode
ser amiga da realidade e dos acontecimentos cotidianos.
La Fontaine está pra mim como a água está para São Paulo, cabe exemplificar a minha colocação, vejam só:
O escritor diz em sua fábula que uma cigarra preguiçosa
vivia a cantarolar sem preocupar-se de forma alguma com o inverno, vivia do presente, alimentava-se do momento sem planejar como
seria sua vida no futuro. Como todos sabemos, logo o tempo passou e o tempo
futuro se tornou presente, a coitada padeceu de fome.
O mesmo aconteceu ao nosso estado, viveu o tempo presente, gastando os
recursos naturais, não se planejou para o futuro, preferiu confiar na
chuva, regalou-se o tanto que pode, o tempo futuro chegou e o que foi feito não foi suficiente para lidar com a situação.
No caso da cigarra era importante que ela trabalha-se para
guardar recursos para o tempo das vacas magras ( aí já entra outro exemplo no
qual não me debruçarei, mas que caberia perfeitamente aqui a história de José do Egito), de toda forma
em ambas há ideia de prepara-se para o infortúnio, para tempos difíceis.
São Paulo foi a Cigarra da fábula, mas poderia ou pode quem sabe aprender com a
formiga, estabelecer metas, investir, criar projetos mais consistentes. Ou pode
continuar a vida de Cigarra esperando cair chuva do
céu, quem sabe?
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