segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tempo, tempo, tempo


(Raquel Pereira)


Tempo vulgar ao meu rosto, ao meu corpo, a minha alma.

Tempo que puxou a brisa e fez espalhar as folhas.

Tempo que fez ir o inverno e trouxe a primavera,


Tempo que levou minhas alegrias e esnobou a solidão,

Tempo que correu sobre a vida e trouxe o vazio,

Tempo que contou os dias e sobreviveste a todos,


Tempo que chorou um dia e trouxe a morte,

Tempo que morreu uma vida e nasceu outra,

Tempo que notou a existência e esqueceu a ilusão


Tempo que cobriu o frio e esquentou o corpo

Tempo que gritou em desespero e riu o encanto

Tempo que superou o dia e veio a noite,


que esperou as horas e hoje, peço tempo, só um pouco mais de tempo.



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