(Raquel Pereira)
Devo calar a meus lábios,
venenosos da baba do copeiro de Faraó,
que aniquilá-se a si.
Venha Camões com lírios de sua Obra
e enterre a coroada rainha morta.
Seus delírios velejantes caro Vasco da Gama,
seja da obra criadora do criador da mesma sua glória!
E a ti querido Machado querido Assis! És sublime sua obra,
que Brás Cubas nos conte de onde o seu emplasto.
Seria a invenção invente, de Cotrim perverso ou o cônego rígido?
Ou mesmo que nada importa que o diga: - Fostes ela quem me matou,
“Maldita talvez seja glória, ou bendita esta que me fez ilustre”
Deste a escolha a quem quisesse e nos deste enriquecida a nós pobre senhores,
estas tão sombrias e claras “Memórias Póstumas de Brás Cubas” .
E que esse verme tenha feito proveito de suas frias carnes, de obra criastes e voltastes a obra.
Caros digo que um dia serei lembrança, memória,
mas nunca chegarei a Assis, talvez um pouco a Brás,
quem sabe um pouco do Cotrim, ou mesmo do cônego.
Não serei amor da glória,
Sei que chegarei a morte, esse fim que nem um outro há.
Digo porém estar certo Cubas ao dizer sentir uma enorme vontade de mofar neste mundo.
Mas está inevitável vence o criador de ilustres literários.
Já não há medo , não penso em Júpiter , muito menos em Neptuno,
Não peço a deusa da juventude Hebe, que me dê sua água juvenil.
Peço ao Criador Jesus Cristo, que permita-me estar a seu lado e perdoe-me as faltas,
já que vieste a tanto morar dentro de mim,
Peço sim que Ele me permita chegar a Paulo, “ Para mim morrer é lucro e o viver é Cristo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário